quinta-feira, 12 de abril de 2012

Adolescência => A era das descobertas – parte 3


Após terminar o ginásio minhas férias de fim de ano foram muito especiais. Minha avó havia falecido com problemas de parto e por isso papai pediu que eu passasse as férias lá em Santa Maria, afinal, vovô necessitava de apoio agora que suas constantes crises de priapismo não eram mais aliviadas pela vovó... Não é o que vocês estão pensando, seus depravados... Ele agora acordava gritando no meio da madrugada e se aliviava nas cabritas criadas a cevada que mantinha no quintal... Meu papel era trazer as cabritas...


Durante minha estadia em Santa Maria pude conhecer melhor a região agricola por excelência. Durante uma feira de domingo conheci um curioso rapaz de 22 anos. Ele era baixinho, alourado, chamava-se August Presslufthammer, nome difícil de pronunciar. Conversamos, mas foi uma conversa curta. Inicialmente pensei que era assim porque seu sotaque era carregado e dificil de entender. Ele era agricultor e plantava melancias. As melancias que ele vendia iam para todo o país. As frutas excedentes ele consumia com gosto. 

Todo esse enredo serve para lhes contar como iniciou minha vida sexual. Foi numa bela noite enluarada que tudo aconteceu. Voltava eu sozinha para o sitio de vovô dirigindo a caminhonete. Na subida da serrinha o motor desligou sozinho, eu nada sabia de mecânica, como eu era menor de idade não podia pedir ajuda a polícia. Que situação dificil, que enrascada ainda mais porque pegara a caminhonete escondida do vovô... Para minha sorte August passou, também sozinho, em seu caminhão. Ao me ver em situação dificil me deu uma ajuda. Abriu o capot e constatou que a bobina de ignição havia queimado. Passou o rádio (na época usava-se PX) e tivemos de esperar até que seu irmão nos trouxesse uma bobina nova. Enquanto não chegava nos deixamos influenciar pelo luar. Olho no olho... Olho na mão.. Mão na mão... Mão na boca... Boca na boca.... E por ai vai... Mão na coisa UAU! E até que finalmente, 20 minutos depois, COISA NA COISA... Uau triplamente... A caçamba da caminhonete tinha uma lona muito conveniente para o caso e foi ali mesmo que ocorreu a magia. A coisa na coisa foi fantástica. Depois, consultando um dicionário português alemão descobri que “Presslufthammer” em alemão significa “Britadeira” em português... Nada mais significativo. Guga Britadeira foi um espanto. Ele marcou minha vida sexual com um padrão difícil de superar, ainda mais porque, conforme pesquisas atuais, descobriu-se que melancias são como viagras da natureza:




Consertado o veículo cheguei em casa na madrugada mais ainda a tempo de ajudar vovô em plena crise.... Dia seguinte fiquei desconcertada pensando no Guga. Se por um lado meus olhinhos ainda reviravam, pelo outro lado eu me preocupava porque nenhuma precaução tomamos e nem sequer conversamos sobre isso. NOSSA! Que irresponsabilidade! Dizia meu lado sério. Resolvi procura-lo a noite. Na caminhonete fui até a cidade, assuntei com um cara do posto de gasolina e descobri onde era o sítio do Guga, fui lá. Na entrada da casa um varal e roupas de criança. Xii.. Bati a porta ele me atendeu... Saiu as pressas para me esconder de quem dentro estava. Não precisei pensar muito para descobrir. Ele embora tivesse só 22, já era casado e tinha dois filhos. Na tradição Pomerana era assim, se casava bem jovem com esposa arranjada pelo pai (assim me explicou) CONTUDO, descobri depois que ele tinha uma namorada no restaurante local e outra na saída da cidade, no posto de gasolina. Guga era na verdade UM GRANDE CANALHA, depravado e de extremo mau-gosto
Namoradas do Guga... tsctsctsc...

 porque as duas namoradas eram duas barangas (a esposa era outra) ou seja, máu-carater e de mau gosto, mas depois descobri o pior: colhendo informações de quem lhe conhecia a mais tempo descobri que tinha fama de burro. Foi a gota dágua. A partir dai surgiu um lema em minha vida: Homem burro eu não tolero! Não posso me misturar com um cara assim. Nada de bom se tira dali... Adeus Guga! Torci para que esse romance não me trouxesse nenhuma consequência...

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